13 de julho de 2009

Do valor da internet I

No Irã, uma eleição supostamente forjada em prol do ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad fez com que grande parte da população se rebelasse. O Estado ardilosamente tentou impedir o acesso iraniano aos principais sites de comunicação, o único local de livre-pensar-gritar dentro de uma teocracia ditatorial onde um líder religioso controla mídia e governo.

Facebook, Twitter e YouTube formando uma rede aberta e livre, onde a maioria dos jovens do Irã (que são metade da população) pode protestar contra o regime que não os agrada nem um pouco. As manifestações contra a eleição foram todas arranjadas pela internet; a denúncia ao exterior está lá, nos Facebooks. O Irã, com a 18ª maior população do mundo (70 milhões de habitantes), é o 3° país com mais usuários de blogs. A campanha "Where is my vote?" ("Cadê o meu voto?") saiu sorrateiramente dos teclados, sob nomes falsos, e alcançou as redes de televisão no mundo todo. Em uma sociedade sem mídia independente, onde liberdades civis básicas são ignoradas e a dissidência é punida com tortura e morte, a voz humana ainda é incalável.

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