17 de janeiro de 2010

Na balada II

Tunts tunts tunts tun!
João pensava consigo mesmo que não podia ser o único ali que não estava se divertindo, então escreveu um cartão-convite-protesto:

"Aceito uma conversa não-falsa, não-banal e sem a pretensão de parecer cool."

Estendia o cartão pra lá e pra cá. "Só tem dois jeitos de gostar disso aqui: um é estar muito bêbado e o outro eu não sei", gracejou ele uma vez, duas, três. Por fim, desistiu.
Tunts!

Não que as pessoas do lugar fossem incapazes de uma conversa verdadeira.
Tunts!

Não que elas não se interessassem por assuntos relevantes e inteligentes.
Tunts!

João acabou concluindo que, de fato, a culpa é do ambiente. Lá não é o lugar. Aquele lugar é pra outra coisa. E ele até descobriu para quê, mas estava bêbado demais pra lembrar o que era no outro dia.
Tun!

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